Anthem – Review

Anthem foi anunciado na E3 de 2017 e de lá para cá chamou bastante atenção da indústria e de nós, gamers. Prometia revolucionar o gênero de looter shooter, bastante dominado por jogos como: Destiny 1 e 2, The Division 2 e Warframe.

Além disso, era o próximo título da BioWare, responsável pela saga Dragon Age e Mass Effect, uma empresa de grande renome e que precisava se redimir após as grandes críticas negativas de Mass Effect: Andromeda.

Mas então, o jogo foi lançado há umas semanas, mas é como dizem por aí… “Anthem tarde do que nunca!”, não é mesmo?

O Universo de Anthem

Anthem apresenta um mapa relativamente grande, onde podemos explorar os vários cantos do mesmo, desbravando os céus, as florestas, cavernas e lagos. Ao jogar no modo livre podemos realizar pequenas side-quests que surgem durante algum percurso que estamos fazendo.

Voar pelo cenário é fantástico e rende bons momentos de exploração, mas cuidado, pois sua lança tem um tempo limite para poder voar. Ao explorar o mapa podemos ver várias estruturas que remetem a tempos antigos, uma mistura curiosa de magia com tecnologia. Porém, muitas dessas estruturas são repetitivas e vazias, assim como os inimigos e missões que encontramos pelo caminho.

A exploração fica prejudicada por loadings constantes e bem demorados; a falta de um mini-mapa na tela, pois convenhamos que aquela bosta lá em cima, que deveria ser nosso mapa, mais atrapalha do que ajuda. Temos acesso ao mapa principal, mas não podemos selecionar para onde queremos ir, o que nos faz errar o caminho na maioria das vezes.

Prepare a sua Lança

Lanças são as armaduras que usamos para realizar as missões fora do Forte Tarsis. Assim que começamos a campanha podemos escolher nossa classe e consequentemente a armadura. Caso você escolha alguma que não te agrade o jogo permitirá desbloquear outras lanças de acordo com seu nível, não te deixando preso apenas a um estilo de jogabilidade.

Recebemos experiências e itens durante as missões e também ao conclui-las. Os itens vão desde compostos para poder criar novas armas ou equipamentos, até as próprias armas e equipamentos, e todos possuem um grau de raridade e um determinado nível para ser usado. Falando em recompensas, o  sistema de recompensa não é justo, já que leva horas para encontrar algo interessante até nos níveis mais altos. Além de que itens cosméticos são encontrados somente na loja do jogo.

A customização é bem precária, de início podemos mudar a textura e a cor da sua lança. Como dito acima, na loja podemos compramos itens cosméticos, mas com poucas opções. Aqui o jogo segue aquele esquema de duas moedas, onde uma é fácil de conseguir mas precisa de muitas delas para comprar um item e a outra tem que pagar com dinheiro real, mas tudo é mais barato com ela. Entretanto, conseguir essa primeira moeda não é uma tarefa difícil se você jogar online durante as fortalezas.

A Con… cone…. xão caiu

Se Anthem encanta pelos seus gráficos e exploração, ele desencanta poucas horas depois. Serei breve pois acredito que a maioria de vocês já sabe, então vamos lá:

O jogo apresenta um modo chamado fortaleza, onde encontramos missões mais difíceis para serem realizadas online, mas temos apenas duas missões e que logo se tornam previsíveis de tanto repetí-las.

O jogo não aguenta o número de jogadores no servidor, por isso eventualmente você vai perder sua conexão e ser jogado para fora da partida. A conexão é tão ruim que muitas vezes seu personagem vai travar ou repetir vários movimentos enquanto a conexão volta, e acredite isso é insuportável além de atrapalhar a jogabilidade que já é repetitiva.

Não existe escapatória, muitas vezes eu queria jogar offline para realizar a campanha sozinho, mas o jogo me obrigava a jogar online e acontecia essa série de problemas de conexão apresentados no parágrafo acima.

Considerações finais

Anthem tem uma boa jogabilidade e gráficos bonitos, mas seus problemas técnicos atrapalham toda a experiência. Para um lotter shoter ele está muito aquém de seus fortes concorrentes. O título vai ter melhorias, mas o que tem até agora não convence.

Desenvolvedor: BioWare, Motive Studios
Gênero: looter shooter e RPG
Disponível para: PlayStation 4, Xbox One, Microsoft Windows
Data de lançamento inicial: 22 de fevereiro de 2019

*Este review foi realizado com uma cópia do jogo fornecida pela EA Games

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