007 – Sem Tempo para Morrer – Crítica

007

007 Sem Tempo para Morrer, o último de Daniel Craig como James Bond, após 5 filmes você poderia pensar que não á nada de novo para se trazer, mas o diretor Cary Fukunaga e a equipe de roteiristas conseguem entregar um filme épico e magistral, com cenas belíssimas aproveitando muito bem a profundidade do IMAX, não como efeito, mas sim com quadro que preenchem a tela e o coração de quem assiste.

O enredo remonta a história e as origens de Spectre, reconectando com filmes passados, o filme traz personagens antigos e novos a essa série, com pequenas homenagens espalhadas pelas cenas, em detalhes, sem estragar a beleza da composição, poderia se imaginar que um filme de ação e suspense seria extremamente sério, mas consegue cativar e ter seus momentos de humor muito bem pontuados, mesmo com personagens caricatos, mas que não ficam torpes, e sim compõem muito bem o mundo atual, sua diversidade e globalidade, fugindo dos estereótipos do vilão russo, mas ao mesmo tempo conseguindo fazer referência e homenagem aos vilões clássicos de 007.

A música tema de Billie Eilish compõe o tema melancólico e de despedida, que abarca todo o filme, o que poderia ser até um pouco triste, se não fosse a luz e alegria que trazem alguns personagens a trama.

O destaque para min fica com Ana de Armas, que totalmente rouba a cena do primeiro ato do filme, e poderia facilmente carregar o filme sozinha, com uma personagem extremente interessante e misteriosa, carismática, forte e divertida, talvez uma futura 007?

A fotografia do filme é um caso a parte, executada a perfeição por Linus Sandgren, com composições incríveis e excelentes enquadramentos e movimentações de câmera, conseguem entregar a ação e elegância necessária ao filme, mostrando o ápice a cinematografia do cinema, sem exageros.

E por falar em ação e elegância, é incrível perceber a diferença entre James Bond em Cassino Royale, onde o agente era quase um brucutu dos anos 90, bruto, forte e poderoso, e sua evolução nessa jornada, durante 5 filmes, James Bond chega ao seu final com história e bagagem, que é possível ser notada não somente em suas cicatrizes, dores e sentimentos, mas também em sua movimentação durante as cenas, onde o agente consegue ser ao mesmo tempo poderoso e gracioso, como um verdadeiro 007, mostra todo seu potencial e encerra a melhor saga de James Bond de todos os tempos, um filme imperdível de se ver no cinema.

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